Os 1.747
funcionários municipais, entre professores e funcionários, que não receberam o pagamento
das férias a que tem direito, é o retrato sem retoque do que significam os 30
anos que esta urbe vive sob o jugo de José Bernardo Ortiz.
O pagamento
deveria ser depositado pelo ex-prefeito Roberto Peixoto, que deixou, gostosamente,
diga-se, a conta para seu sucessor, José Bernardo Ortiz Monteiro Júnior.
Ortiz Júnior
recebe parte da herança deixada por seu pai, Bernardo Ortiz, mentor intelectual
da candidatura de Roberto Peixoto, em 2004, as qual apoiou, mesmo sabendo que se
tratava de uma pessoa incompetente, conforme suas próprias
palavras em um programa de televisão.
As artimanhas
de Ortiz Júnior para chegar à prefeitura estão sob investigação judicial. O
tucano é réu na Justiça Eleitoral de Taubaté e réu em processo por improbidade
administrativa na 14ª Vara da Fazenda Pública da Capital.
Detalhe: Ortiz
Júnior conseguiu a façanha de ser réu mesmo sem ter, oficialmente, sido funcionário da FDE (Fundação
para o Desenvolvimento da Educação), presidida por seu pai, que pode reassumir
o cargo brevemente, assim que a suspensão de seis meses, que lhe foi imposta
pelo Poder Judiciário, seja cumprida.
A 4ª Promotoria
do Patrimônio Público e Social da Capital e o Ministério Público Eleitoral de
Taubaté apuraram que Ortiz Júnior ocupava uma sala na sede da FDE e atuava com
a desenvoltura própria dos titulares de cargos executivos.
A dinheirama
que tinha à disposição na FDE (orçamento de aproximadamente R$ 3 bilhões só o
ano passado) Ortiz Júnior não terá em Taubaté, cujo orçamento aprovado pela
Câmara Municipal é de meros R$ 968
milhões, menos de 1/3 do que dispunha na estatal.
Ortiz Júnior
não tem o direito de reclamar. Ele mentiu descaradamente durante a campanha
eleitoral e se apresentava como a solução para todos os problemas que Taubaté
viesse a enfrentar, o que qualquer banco da Praça Santa Terezinha sabia que o
(des)governo Peixoto deixaria para seu sucessor.
A herança que
Ortiz Júnior está recebendo foi deixada por seu pai, mentor e articulador da
candidatura e posterior eleição do ex-prefeito, que continua canastrão, Roberto
Peixoto. A outra ponta desse triângulo foi o deputado Padre Afonso (PV).
Quem planta
colhe, diz o adágio popular.
Ortiz Júnior
plantou a desgraceira em Taubaté ao apostar no quanto pior melhor. Está
colhendo, agora, os frutos de sua semeadura.
O empenho do
tucano pela cassação de Peixoto se assemelha ao esforço do PT para mudar os
rumos da política taubateana em 2011: nenhum.
A preocupação
do tucano não é apenas saldar as dívidas deixadas pelo ex-prefeito Roberto
Peixoto. Como fazer para garantir o emprego dos professores? Ortiz fará como
seu pai Ortiz e demitir todo mundo, inclusive os concursados?
Ortiz Júnior
ainda deve muita explicação à Justiça, especialmente à Eleitoral e à 14ª Vara
da Fazenda Pública da Capital.
2013 será um
péssimo ano para os tucanos taubateanos.
Esta e outras informações podem ser lidas em nossa fã page.