A juíza eleitoral
Sueli Zeraik terá a espinhosa missão de julgar as denúncias do Ministério
Público Eleitoral sobre a conduta de Ortiz Júnior durante a campanha eleitoral
do ano passado, quando o tucano recebeu quase 100 mil sufrágios.
O silêncio em
torno dos trâmites processuais deixa inquietos adversários e acólitos do futuro
ex-prefeito de Taubaté.
A situação
jurídica de Ortiz Júnior seria capaz de tirar da letargia uma população
desacostumada a exigir probidade de seus governantes. Seria?
Voltemos à
ínclita juíza eleitoral de Taubaté.
A Dra. Sueli
Zeraik tem em seu poder as denúncias do MPE com o respectivo pedido de cassação
do diploma do tucano e seu consequente impedimento para continuar no governo
municipal.
Entre outras
tarefas, antes de sentenciar sobre o caso, a juíza eleitoral deve ouvir Marcelo Pimentel, ex-marqueteiro da
campanha tucana, e o engenheiro Chico Oiring,
que aparece como doador de R$ 18 mil
para a campanha vitoriosa de Ortiz Júnior.
Oiring tem
revelado a amigos que não esconderá nada da Justiça Eleitoral quando for
interrogado sobre os dois depósitos de R$
9 mil cada um que fez para a campanha tucana.
Frustrado por
não ter obtido um almejado cargo de secretário no governo municipal, o
engenheiro não estaria disposto a segurar
o rojão para defender Ortiz Júnior, contra quem já postou críticas nas redes
sociais.
A nomeação de
Franciny Oiring, filha do engenheiro, para trabalhar no gabinete do vereador desnecessário
Joffre Neto, apaziguou um pouco o clima hostil criado com sua preterição para
ocupar uma das secretarias do governo tucano.
Se cumprir o
que tem prometido, Oiring será a bomba de efeito retardado a explodir nos
próximos meses, quando for chamado para depor na Justiça Eleitoral.
Em relação ao
seu ex-marqueteiro Marcelo Pimentel,
a situação de Ortiz Júnior aparenta ser tranquila. O jornalista e professor da
Unitau deve sustentar que o cheque de R$
34 mil que descontou foi por serviços prestados ao empresário Djalma
Santos.
O Ministério
Público não descarta a possibilidade de a Justiça Eleitoral promover uma acareação
entre os dois, pois o empresário afirma que o cheque foi dado a Ortiz Júnior
para complementar os R$ 100 mil que teria adiantado ao então pré-candidato a
prefeito de Taubaté em troca de sua ajuda na FDE – Fundação para o
Desenvolvimento da Educação.
O RABO DA PORCA
Na prestação
de contas da campanha tucana, o MPE teria encontrado dois depósitos, feitos no
mesmo dia, na agência local do Banco Itaú, respectivamente de R$ 9 mil e R$ 5 mil, em dinheiro vivo, o que impede seu rastreamento.
Para conter a
lavagem de dinheiro, o Banco Central divulgou duas circulares (3.461 e 3.462)
em agosto de 2009 que normatizam os depósitos bancários mesmo para quem não é
cliente da instituição.
É aqui que a
porca torce o rabo.
Os depósitos
citados acima foram feitos por um cidadão insuspeito, hoje ocupando uma das
secretarias do governo tucano.
Os recibos
dados ao depositante referem-se à pecúnia do próprio bolso ou trata-se de
lavagem de dinheiro para ajudar o tucano a justificar sua milionária campanha
eleitoral?
Clique aqui para ler mais sobre lavagem de dinheiro e os cuidados do Banco Central.
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informações põem ser lidas em nossa fã page.