José
Carlos Cataldi, jornalista e advogado
Auditoria
revela que em cinco anos 502 milhões de reais foram desviados do SUS, aplicados
irregularmente por prefeituras, governos, instituições públicas e particulares.
Graças à fiscalização, o Ministério da Saúde tentará reaver o dinheiro das
irregularidades identificadas em 1.339 auditorias feitas entre 2008 a 2012.
Para
burlar as contas do SUS, gestores falsificam registros hospitalares ou inserem
em seus cadastros profissionais "invisíveis".
Há
casos de pacientes que num único dia, receberam 201 atendimentos numa clínica
de Água Branca, no Piauí. O mesmo local cobrou tratamentos em nome de mortos.
Também
há casos de equipamentos doados e não encontrados, cobranças indevidas,
problemas em licitação e prestação de contas, suspeitas de fraudes e
favorecimentos.
Em
Nossa Senhora dos Remédios, também no Piauí, de 20 profissionais cadastrados
nas equipes do Programa Saúde da Família, 15 nunca haviam dado expediente.
Em
Ibiaçá (RS), remédios do SUS foram cedidos a pacientes de planos de saúde.
Com o
valor desviado, por exemplo, poderiam ser construídas 227 novas unidades de
pronto atendimento – UPAS; ou, ainda, 1.228 novas unidades básicas de saúde –
UBAS.
A
prevalecerem as fraudes e a impunidade, de nada adiantarão “mais médicos”.